Alojamento Local com impacto de 350 milhões em 2023

O

impacto do AL na economia açoriana tem vindo a crescer cerca de 24% ao ano desde 2001.

Os dados estão patentes na atualização do Estudo Económico e Impacto do Setor do AL, solicitado pela Associação do Alojamento Local dos Açores (ALA) e realizado pelo professor da Universidade dos Açores Gualter Couto.

Na apresentação de um resumo do estudo, que será disponibilizado em breve na página da internet da ALA, foi revelado que, em 2021, o AL representava cerca de 133 milhões de euros para a economia dos Açores, enquanto em 2023 esse número atingiu cerca de 350 milhões de euros, representando cerca de 6,5% do PIB da Região.

Gualter Couto adiantou que o impacto direto do AL na economia açoriana, em 2023, foi de cerca de 140 milhões de euros, enquanto o impacto indireto representou praticamente 108 milhões de euros e o efeito induzido cerca de 101 milhões de euros.

O autor do estudo revelou que, dos cerca de 350 milhões de euros, gerados direta e indiretamente pelo AL, cerca de 60% é gerado por atividades complementares, sendo o gasto médio diário por hóspede do AL de 179 euros.

Já em relação ao emprego, a atualização do estudo revela que 3,4% do total de postos de trabalho da Região estão associados ao AL.

Os dados indicam ainda que 76% das dormidas no AL são geradas por hóspedes estrangeiros, representando os turistas alemães cerca de 16%, os espanhóis 15%, os norte-americanos também 15%, os franceses 13% e os hóspedes canadianos 7%.

Em 2021, os estabelecimentos de AL receberam 411,197 hóspedes, enquanto em 2023 esse número aumentou para 720,051.

Já a estada média no AL foi de 3,6 noites, sendo assim superior à estada média nas unidades hoteleiras e no turismo em espaço rural (cerca de três noites).

O estudo foi apresentado no último dia do 3.º Encontro do Alojamento Local dos Açores, que decorreu no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, nos dias 31 de janeiro e 01 deste mês.

Na abertura do encontro, o presidente da ALA defendeu "soluções concretas" para combater a sazonalidade do turismo nos Açores, já que durante a época baixa, "mais de 60% das unidades encerram", afetando "não apenas os proprietários, mas também os destinos e comunidades envolventes".

João Pinheiro apontou como soluções "o reforço das ligações aéreas, o impulsionar da promoção turística nas épocas de menor procura e o investimento em estratégias de captação de mercados alternativos".

 

Diário Insular (04/02/2025)