Rotas deficitárias da SATA na mira da CCAH
As rotas deficitárias da SATA Azores Airlines são o alvo de uma comissão de inquérito que a CCAH - Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo acaba de solicitar, por carta, aos grupos e representações parlamentares no parlamento açoriano.
"A CCAH manifesta, uma vez mais, a sua profunda preocupação com a grave situação financeira enfrentada pela Azores Airlines. Diante deste contexto alarmante, é fundamental que haja total transparência na análise das rotas que possam ter contribuído para resultados financeiros e operacionais menos positivos", refere uma nota da organização empresarial.
O órgão liderado por Marcos Couto refere que "é determinante clarificar o argumento da rentabilidade das rotas, muitas vezes utilizado por alguns setores para justificar e defender novas iniciativas da companhia e, por sua vez, desconsiderar outras sem se conhecer as razões de fundo". Sendo assim, acrescenta o texto que nos foi enviado, "o que a CCAH defende é que os recursos públicos possam ser aplicados com base em critérios de rentabilidade universais e justos para todos".
"Para que a companhia aérea possa reverter este cenário desfavorável", a CCAH diz entender que "é imperativo que a sua gestão seja privada e altamente profissionalizada", daí a defesa "da sua privatização".
"Tal medida é vista como uma necessidade urgente para esta associação empresarial, dado que uma gestão mais eficiente permitirá a adoção de práticas mais sustentáveis e rentáveis", lê-se no texto que nos foi enviado.
RESPONSABILIDADES
A CCAH lembra que "a constituição de uma comissão de inquérito é uma competência legal e regimental exclusiva dos deputados". Sendo assim, os empresários esperam que, neste caso em concreto, "o parlamento saiba escutar a sociedade civil e crie esta comissão de inquérito a bem dos açorianos e em nome da verdade e da transparência".
Por seu lado, a CCAH garante que "permanecerá atenta e zelará sempre pelos interesses dos seus associados, sem nunca descurar o interesse público e a boa gestão dos recursos que pertencem a todos nós". E diz esperar "que este exercício de cidadania tenha aceitação e correspondência positiva por parte dos representantes do povo dos Açores".
Diário Insular (11/10/2024)