Açores registam descida de 13% no desemprego
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego dos Açores desceu 13,2% em abril face ao mesmo mês de 2023 (período homólogo), indicam dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
No final de abril, eram 4.712 os desempregados nos Açores. No que se refere a programas ocupacionais para desempregados, estes abrangiam na região 1.822 pessoas.
Dos indivíduos desempregados nos Açores, 3.187 estavam inscritos há menos de um ano e 1.525 há mais do que 12 meses.
Além dos Açores, a Madeira foi a outra região do país a registar uma descida homóloga, de 21,4%. O desemprego subiu nas restantes regiões, com o Algarve a apresentar o valor mais alto, de 18%.
A nível nacional, o número de desempregados baixou 1,9% em abril face a março, mas subiu 7,8% em termos homólogos. No mês passado, encontravam-se 318.331 pessoas em situação de desemprego.
Na comparação com março, tirando a região de Lisboa e Vale do Tejo e Centro, a tendência foi de descida do desemprego. A maior baixa está no Algarve (-19,4%).
Os Açores registavam, no final de março, segundo dados da secretaria regional da Juventude, Habitação e Emprego, 4.899 desempregados, mais 187 face a abril, se forem tidos em conta os números do IEFP. Já os ocupados eram 1.682, menos 140.
Entendem-se por ocupados, segundo o instituto, os "trabalhadores integrados em programas de emprego ou formação profissional, com exceção dos programas que visem a integração direta no mercado de trabalho".
Nos Açores verificavam-se também no final de abril 803 trabalhadores considerados "indisponíveis", isto é, "desempregados ou empregados que não reúnem condições imediatas para o trabalho por motivos de saúde".
Ao longo do mês, ainda no arquipélago, houve 762 pedidos de emprego, 230 ofertas de emprego e 176 colocações.
Do total de desempregados nos Açores, no final de abril, 2.272 eram homens e 2.440 mulheres.
Os "Trabalhadores não qualificados" (27,2%), 'Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores' (20,0%), "Pessoal administrativo" (12,1%) e "Especialistas das atividades intelectuais e cientificas" (10,3%) são os grupos mais afetados pelo desemprego em termos nacionais.
Face a abril de 2023, a maioria dos grupos profissionais verificou uma subida do desemprego, com maior expressão para os "Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem" (12,5%) e "Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices" (11,5%). Um dos setores imunes foi a agricultura, pesca e floresta (-1,9%).
"Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio" (27,2%), '"alojamento, restauração e similares" (14%) e "comércio por grosso e a retalho" (13,1%) lideraram as ofertas de emprego no mês passado no país.
Diário Insular (23/05/2024)