Retalho da Zona Euro tornou a cair no final de 2023
O volume de vendas do retalho no grupo dos países da Zona Euro perdeu gás e tornou a recuar em dezembro, numa quebra de 1,1% face ao mês anterior, indica nesta terça-feira o Eurostat.
A evolução, num cálculo que desconta o efeito da inflação nas vendas e não contabiliza compras automóveis, ocorre após dois meses de ligeiras melhorias – em outubro e novembro – num período de estagnação da atividade económica, com os dados preliminares a apontarem para crescimento nulo do PIB no trimestre final.
Espera-se que a recuperação real de rendimentos permita o levantar das condições económicas, mas no retalho de final do ano ainda não há sinais de melhorias no consumo privado.
O maior recuo assinalado observa-se nas encomendas e comércio online, numa descida de 3,7%. Na alimentação, bebidas e tabaco a descida é de 1,6%. As vendas de combustível automóvel caem 0,5%.
Segundo o Eurostat, a quebra foi de 1% no bloco alargado da União Europeia em dezembro.
A tendência de descidas é transversal e afeta os principais parceiros comerciais de Portugal – Espanha, França e Alemanha - com quebras acima de 1%. Há, apesar de tudo, um grupo de menos de uma dezena de países entre os 27 com melhorias nos dados do retalho. É o caso de Portugal, onde o volume das vendas se elevou em 0,7% em dezembro.
Nas comparações anuais, face a dezembro de 2022 o retalho da Zona Euro quebrava 0,8% na Zona Euro e 0,7% no conjunto da União Europeia.
Aqui, a variação homóloga resulta em descidas mais expressivas na Eslovénia (menos 15%), Estónia (menos 4,2%) e Eslováquia (menos 3,8%). Em sentido oposto, melhoram mais Croácia (8,9%), Chipre (3,8%) e também Espanha , numa melhoria de 3,4% comparando com final de 2022.
Na média anual, a Zona Euro viu o setor do retalho quebrar 1,8%. A descida é igual considerando os 27 países da União.
Fonte: Jornal de Negócios