Operacionalização das rotas da América do Norte
É com grande orgulho que a CCAH comunica aos seus associados em particular, mas acima de tudo aos açorianos em geral, o resultado do trabalho que tem sido feito por toda a sua equipa, em estreita parceria com a Aerogare Civil das Lajes e que culminou com a operacionalização das rotas de Nova Iorque (JFK), Montreal e California. Uma palavra muito especial para as companhias aéreas SATA e TAP que aceitaram o nosso desafio e apostaram num code-share para a rota de Nova Iorque, o que representa uma conjugação de esforços nunca visto nos Açores. Entendemos que a CCAH abriu as portas para aquela que pode e deve vir a ser uma parceria importante para ambas as empresas. Cabe agora à CCAH, em conjunto com as companhias, a Aerogare Civil das Lajes e todos empresários que se queiram associar, tornar a rota rentável.
Perfeitamente conscientes do pouco tempo que existe para trabalhar o destino, bem como para promover a rota, tudo vamos fazer para que ela se torne rentável, cientes de que, sem essa rentabilidade, a sua continuidade não será possível. Como verdadeiros terceirenses que somos, resolvemos aceitar esse desafio a bem dos Açores, mais especificamente das Ilhas do grupo central e ocidental. Numa expressão que nos é muito querida: resolvemos agarrar o toiro pelos cornos. Estamos plenamente convictos de que vamos ter sucesso. Os tempos em que a SATA, de forma irresponsável, servia para promover interesses específicos, que não os regionais e do desenvolvimento de todas as ilhas, não só deixaram de existir como levaram a companhia à situação financeira em que ela se encontra. Não podemos deixar de dar os parabéns a atual administração SATA, a única competente que a companhia conheceu ao longo da sua história, pelo trabalho de excelência que está a fazer, bem visível no recente anúncio do trabalho conjunto com a EasyJet para promover rotas para 5 Ilhas. Este é o papel que defendemos para a companhia, sempre tendo por base a rentabilidade. Deixamos assim os nossos votos para que não existam pressões junto da empresa, nem da sua administração, para acabar com estas ligações e limitar assim a sua ação e competências.
Queremos acreditar que todo o Governo está em total sintonia com o Sr. Vice-Presidente, quando publicamente saudou a iniciativa desta instituição. As regras sobre a ingerência dos Governos nas companhias aéreas são muito claras e escusamos relembrar as suas consequências. Esse triste e lamentável tempo felizmente terminou.
No que às rotas de Londres diz respeito, nas quais a CCAH não tem qualquer interferência, vamos igualmente empenhar-nos na sua promoção de forma a que as mesmas sejam um sucesso.
A CCAH não pode deixar de lamentar a postura de alguns órgãos de comunicação social aquando do anúncio desta iniciativa. Quando para viajar diretamente dos Estados Unidos da América para a Terceira é mais caro 200 a 300 euros do que viajar via São Miguel, tudo é normal e natural. Agora quando para se viajar para Ponda Delgada é obrigatório passar pela Terceira, temos um drama Regional, existindo até quem prefira ir por Lisboa, ou mesmo voar na TAP. Quando para promover uma ligação de charter para a Terceira se solicita um apoio de 25.000€, temos novamente um problema regional e não há verba, mesmo quando em anos anteriores essa mesma ligação para Ponta Delgada custou à região 3 VEZES MAIS. Quando em negociatas se favorecem empresas de Ponta Delgada, utilizando avultadas verbas de dinheiros públicos, não temos qualquer problema e tudo é camuflado e escondido, agora quando a CCAH, de forma clara e sem jogadas de favorecimentos pessoais, familiares ou outros, promove uma rota para a Terceira, com claros benefícios para as Ilhas do grupo central e ocidental, fazendo com que o mercado funcione, temos outro novo drama regional. A autonomia não é uma ferramenta para favorecer o enriquecimento mais ou menos lícito de alguns, é sim uma conquista do povo Açoriano, que tem de ser acarinhada e acima de tudo MUITO cuidada. O que claramente não tem acontecido.
A liberdade de expressão e de informação é um direito inalienável da democracia, que tanto tempo esteve afastada da realidade Açorina e com a qual a CCAH se revê de forma incondicional. No entanto essa liberdade não pode, em circunstância alguma, ser utilizada de forma a criar desinformação nem a manter privilégios, ou tão pouco predominâncias de umas ilhas perante as outras. Sejam elas quais forem. Contra esta realidade a presente direção da CCAH irá lutar com todas as suas energias.