CCAH quer apoios para fazer face a subida do salário mínimo
A Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH) e o Núcleo de Empresários da Lagoa (NELAG) viram com grande preocupação o aumento do salário mínimo nacional e pretendem que as empresas sejam ajudadas a suportar o aumento com o pagamento único de 85% do incremento anual resultante na Taxa Social Única (TSU), por cada trabalhador abrangido pela medida para o ano 2022, com retroatividade a 2021.
Em ofício enviado ao Presidente do Governo Regional, a Associação Empresarial das ilhas Terceira, São Jorge e Graciosa, em conjunto com o NELAG, lembram que, nos últimos 8 anos, o salário mínimo subiu 231 euros, “representando um rude golpe no frágil tecido empresarial da Região, ainda a braços com os efeitos da pandemia”. Os empresários consideram que estão confrontados com um “duplo problema”, os “aumentos dos encargos mensais com o pessoal” e a “aproximação crescente do salário mínimo aos salários médios das empresas”. Esta medida “agravará a débil situação do nosso tecido empresarial, podendo levar ao fecho de inúmeras empresas”, ainda para mais, num período em que acresce o “aumento das matérias-primas e da energia nos mercados internacionais, aumento esse que na maioria das situações tem sido absorvido pelas empresas”, lê-se no ofício endereçado ao Presidente do Governo Regional e com conhecimento ao Secretário Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública.
De forma a “minimizar os dramáticos impactos que a combinação do aumento dos fatores de produção e dos gastos de funcionamento terão nas empresas”, as associações solicitam que, “à semelhança do que acontece no continente português, e com os mesmos critérios adotados, as empresas sejam ajudadas a suportar o aumento do salário mínimo regional, com o pagamento único de 85% do incremento anual resultante na Taxa Social Única, por cada trabalhador abrangido pela medida, pelo ano 2022, e com retroatividade a 2021”, ano em que, “até ao momento não foi feita a extensão do apoio às empresas açorianas, que se sentem descriminadas negativamente face às suas congéneres nacionais”.
As associações acreditam que esta medida é “urgente” e poderá “evitar despedimentos e um decréscimo na atividade económica”.